Políticos honestos?

A morte recente de um político que nos lembra de corrupção, me estimula a dizer isto: A Democracia é intrinsecamente corrupta porque, por exemplo, quem gastou R$5 milhões para se eleger senador, depois de eleito recebendo R$23 mil por mês, não recuperaria o “investimento” em vida. O político precisa da corrupção para ficar economicamente viável.
O dinheiro que possibilita a corrupção está disponível: são os “custos” pagos de bom grado pelo empresariado para criar leis, ou de outra maneira proteger seus interesses; como? – Subornando políticos.
Com o amadurecimento da Democracia talvez se achem meios para assegurar ao empresário os resultados que ele “compra” com a corrupção. Mas no novo sistema não viria de graça. Pagará a mesma coisa só que o dinheiro teria destino mais “limpo”, isto é, seria socialmente aceitável.
Aqui um dos esquemas possíveis para chegar lá: Na era da informática e da comunicação instantânea o papel do representante político pode ser re-estruturado. Um candidato a deputado ou senador poderá prometer ao eleitorado que ele SEMPRE consultará seus eleitores antes de votar em plenário. De fato, ele não votaria, apenas totalisaria pela internet os votos dos seus eleitores e entregaria o resultado. Continuará cobrando o “mensalão” que políticos agora recebem (ilegal e não contabilizado), só que o partilharia com seus eleitores.
O rumo é este, mas será necessário achar roupagem legalisticamente aceitável para o sistema; e também criar salavaguardas contra a burla.


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